terça-feira, 29 de março de 2016

Me pergunto das historias nunca ouvidas. Me pergunto qual o cheiro do carro de boi. Me pergunto como era Palmares em 1929. Como foi a juventude nos Milagres? Como foi sair de casa para servir ao exército? Se sentiu medo, se sentiu só. Se pensava em ir pra guerra. Vô, porque não gosta de comunista? Não sei essa parte. Se gostava mais de geografia ou história? Se tinha uma paixão (não tão) secreta pelas artes plásticas. A cor favorita, azul ou amarelo? Talvez verde. Talvez o carro de boi fedesse, talvez tenha se sentido só, talvez tenha sentido medo, talvez fossem coisas para guardar, para se esquecer, para dormir por uma eternidade. Coisas sem importância, que não teve peso para ser amado. Talvez tenha querido dizer algo que eu não entendi. Só compreendi um boa noite, dorme bem. Aí eu já sabia que não era até amanhã.

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